24 maio, 2012
A vida dos Excluidos...
O alto risco de suicídio entre jovens gays não está ligado à orientação sexual...
Estudo desenvolvido pelo Parlamento Europeu, que envolve 44 países, que tem como título: "O suicídio de crianças e jovens na Europa: um grave problema de saúde pública" apontou que os problemas causados pela discriminação aos jovens é uma problemática universal e que as suas conseqüências são devastadoras. E o mais preocupante é que, suicídios entre jovens lésbicas, gays, bissexuais e transexuais é superior ao de jovens heterossexuais.
Embora esse estudo tenha sido feito em outro continente, essa distância não torna o Brasil livre desta estatística. Já que o número de casos tem sido levado em consideração, nos últimos anos. Entre os adolescentes brasileiros a sexualidade é a segunda causa responsável pelo suicídio dos meninos, e a terceira para as meninas.
O alto risco de suicídio entre jovens gays não está ligado à orientação sexual ou a questão de gênero, mas sim a estigmatização, discriminação e a marginalização que estes jovens encontram perante a família e a sociedade, e quando o adolescente começa a descobrir-se homossexual entra em choque, começa a ter sentimentos de culpa, e, em casos extremos, chega ao suicídio.
Ao término do estudo, constata-se que diferentemente da Europa onde há grande abertura às minorias sexuais, pede-se então, maior atenção para outros países América do Sul e Oriente Médio, onde a questão ainda é tratada como segundo plano e com conservadorismo.
Preconceito é uma palavra tão repugnante quanto cansativa. Mais ainda para nós, gays, que temos que lutar diariamente para sobreviver à batalha da vida em uma sociedade que não respeita, não aceita e não nos entende. Pior mesmo é quando o preconceito parte dos próprios gays.
Por décadas buscamos uma sociedade mais justa, tolerante e menos preconceituosa. Mas, em contrapartida fechamos os olhos para o preconceito existente na própria comunidade GLS!
São gays que não andam com travestis, os efeminados são vítimas de piadas, lésbicas só andam com lésbicas, travestis e trans sendo alvo de agressão; ativos contra passivos e virse e versa. Ou seja, um subgrupo não se mistura ao outro. Isso não seria uma forma de preconceito?
Como exigir algo de alguém, se na verdade somos nós que ainda temos muito a melhorar? Devemos praticar a tolerância primeiramente em nós mesmos. Somente assim é que vamos poder fazer a “diferença” de um modo positivo!
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